A chegada em Damaris
— Finalmente chegamos — comentou o bruxo, apontando para
os muros da cidade, que já podiam ser avistados.
Bem antes do entardecer, estariam passando pelos portões
e se dirigindo para falar com o governante do reino. Os três sabiam que muita
coisa estava em jogo, não poderiam falhar em sua missão. Montados em seus
cavalos, em silêncio observavam os portões que, a cada momento, tornavam-se
mais próximos.
Ao ficarem de frente para a cidade, não puderam deixar de
se surpreender com a altura dos muros e a solidez dos portões. Naquele reino, a
segurança parecia tão grande quanto a fama. Os muros eram feitos de pedras
robustas, extremamente pesadas e encaixadas com tal perfeição, que não se
poderia escalá-lo sem um ótimo equipamento de alpinismo. Mas o esforço para
tanto desencorajaria qualquer tentativa, visto que, de trechos em trechos,
pequenas casinhas de vigias estavam instaladas na parte mais alta do muro,
fortemente ocupadas por guardas armados dos pés à cabeça.
Os guerreiros e o bruxo desceram de seus cavalos e
observaram os portões, construídos com madeira maciça. Apenas com um aríete
enorme, projetando-se com uma força de muitos cavalos, seria possível
derrubá-los. E deveria haver várias pancadas para tal feito, pensamento que
ecoava na mente do monge.
Ao centro dos portões, havia duas argolas de ferro do
tamanho de um braço, utilizadas para chamar a atenção de quem estivesse do
outro lado.
O monge adiantou-se e bateu, repetidas vezes, aquelas
argolas contra a madeira da parede dos portões.
Uma portinhola foi aberta no mesmo instante:
— O que vocês querem?
— Somos viajantes — respondeu o rapaz. — Queremos um
tempo de estadia em seu reino.
A portinhola foi fechada e, instantes depois, aberta
outra vez. O mesmo homem lhes dirigia a palavra:
— Muito bem, meu superior irá deixá-los entrar. Mas todas
as armas que trouxeram devem permanecer conosco, enquanto não falarem com o
rei.
Os três concordaram com o pedido do guarda e os portões
se abriram. Vários outros guardas esperavam para revistá-los, tirando-lhes
todas as armas que encontraram. Joshua havia realizado um feitiço, para que a
sua varinha ficasse indetectável no bolso interior de seu casaco. O objetivo
era esconder sua identidade de bruxo.
Em silêncio,
dez homens os acompanharam até o castelo do rei. Enquanto caminhavam, o
feiticeiro e o monge pareciam surpresos com a arquitetura da cidade: ruas que
ora se estreitavam, ora se alargavam; becos espalhados em todos os lugares.
Algumas casas eram extremamente altas e outras incrivelmente baixas;
residências nos formatos mais exóticos possíveis: construções em forma de
triângulo, círculo ou semicírculo; algumas eram arredondadas na base e
quadriculadas em seu ponto mais alto e, como se não bastasse, havia algumas em
forma de arco, que ligavam os dois lados de uma rua.
Embora observassem, a cada momento,
uma coisa mais espantosa que outra, o guerreiro e o bruxo não deixaram de
perceber o pouco interesse de sua companheira de viagem. Mesmo olhando para
todos os lados, não conseguia se sentir surpresa com a paisagem local, como era
de se esperar. Talvez ela já tivesse visto ambientes parecidos em suas muitas
viagens a serviço do rei, pensaram o monge e o bruxo. Mas eles também já haviam
viajado muito e realizado missões especiais em várias partes de Kendora e nunca
viram construções como aquelas. Por que Naêmia mantinha um olhar tão frio? O
que fazia com que demonstrasse tamanho desinteresse pela arquitetura do reino?
Era um comportamento esquisito de sua parte, visto que a cidade era projetada
de forma singular.
Mas a surpresa foi maior quando atravessaram a Praça
Principal: as flores, folhagens e arbustos bem cuidados, as árvores podadas e a
limpeza do local contribuíam para uma vista espetacular, corroborada com a
beleza do Lago Cristalis. O lago recebia esse nome porque a água era
incrivelmente transparente. Em toda a sua volta, havia sido construído um
estreito canteiro de pedras, decorado com flores, dando mais destaque a sua
beleza. Na medida em que passavam por
ele, o monge e o bruxo examinaram-no, observando que o seu fundo era de areia e
que vários tipos de animais nadavam ou mergulhavam. Mesmo os peixes que se
encontravam no fundo do lago podiam ser avistados sem dificuldade alguma,
devido à clareza da água. Renam olhou espantado para Joshua.
— Mas isso é incrível! Quanta beleza, nesta cidade.
— Realmente — respondeu o bruxo. — Estou abismado que
Damaris tenha uma fama tão maligna, a julgar pelo seu estado bem cuidado.
— O que acha disso, Naêmia? — perguntou o monge.
— Penso que as aparências podem ser enganosas. É melhor
termos muito cuidado com tudo isso.
De repente, Renam e Joshua deram-se conta de que estavam
errados ao imaginar estranho o comportamento de Naêmia. Ao contrário deles, que
estavam espantados com a paisagem, ela olhava para além disso. Imaginava o que
tal beleza poderia esconder e deixou isso bem claro com a resposta que acabara
de dar ao jovem guerreiro.
Ao chegarem no castelo, não puderam conter o seu espanto
mais uma vez, pois ele era simplesmente imenso. Tanto a largura, quanto sua
altura e comprimento permitia aos guerreiros e o bruxo imaginarem que o rei era
possuidor de uma riqueza incalculável. Os três entreolharam-se e, na companhia
do capitão da guarda e de mais nove seguranças, entraram na morada do rei. A sala real ficava logo na entrada do
castelo. O rei encontrava-se sentado em seu trono, na outra extremidade da
sala, observando-os com atenção.
— Temos visitantes, majestade — anunciou o capitão.
— De onde vocês vêm? — indagou o rei.
— Somos de Wanúsia, majestade. Desejamos ficar alguns
dias em seu reino, pois viemos de muito longe e estamos cansados da viagem –
respondeu Joshua, após o cumprimento reverente dado ao rei por ele e seus
companheiros.
— Quais os seus nomes?
— Eu sou Joshua, pai de Naêmia – respondeu, indicando a
moça com um gesto.
— Eu sou Renam, genro de Joshua — respondeu o monge,
mentindo descaradamente. — Naêmia é minha esposa — outra tremenda mentira,
previamente combinada.
O rei os olhou seriamente por alguns momentos, depois
pareceu relaxar suas feições.
— Muito bem, podem pagar por uma estadia e alimentação?
— Claro, majestade, temos dinheiro suficiente para nos
hospedar aqui por algum tempo. É claro que não queremos trazer despesas para o
senhor – respondeu Joshua.
— Bom, muito bom. Não fiquei rico fazendo caridades. E
quero me manter rico, entendem?
— Mas é claro que entendemos. Apenas queremos um pouco de
descanso e então seguiremos viagem – concordou Renam.
— Tem mais uma coisa — disse o rei. — Se vocês estão
aqui, devem se submeter às nossas leis.
— Certamente, majestade. É assim em todo o mundo Kendora,
não é mesmo? – falou Naêmia.
— Certamente que sim – respondeu o rei secamente, como se
tivesse sido corrigido de uma bobagem que dissera. – Mas o que quero lhes dizer
é que nossas leis são muito rígidas e que se fizerem besteira, serão
severamente punidos.
— Compreendemos, majestade. Espero que jamais imagine que
nossa intenção é criar algum problema em seu reino. Somos pessoas de paz. Além
disso, trouxemos uma carta de recomendação de nosso rei – disse Joshua.
O bruxo estendeu a carta ao rei, que imediatamente a
pegou.
“Ao Sr. Governante de Damaris
Rei Julian
Apresento-lhe três
cidadãos de meu reino, que sempre se mostraram pessoas honradas: Renam, Naêmia
e Joshua. Espero que Vossa Alteza os receba de braços abertos, pois são pessoas
de caráter.
Atenciosamente,
Grégori.
Rei de Wanúsia”
— Sim, parece tudo em ordem. Reconheço a assinatura de
Grégori. Muitas foram as cartas que ele me enviou.
O rei fez uma pausa e então prosseguiu:
— Terão uma casa, mediante ao pagamento de um aluguel, é
claro. Poderão comprar mantimentos na estalagem mais próxima de sua residência.
Bem, creio que isso é tudo senhores, ou temos mais alguma coisa a tratar?
— De nossa parte não, majestade – respondeu Joshua.
— Muito bem, então. Capitão, acompanhe essas pessoas à
casa que ocuparão e mostre-lhes a estalagem.
Na companhia do chefe de segurança, saíram em direção à
residência que ocupariam pelo tempo necessário para descobrir se a Ametista
Mágica estava ou não naquele reino. Ao chegarem a casa, o monge e o bruxo mais
uma vez não puderam esconder sua surpresa: a residência tinha dois pavimentos,
sendo que no primeiro a parte da frente era arredondada e a parte dos fundos
totalmente quadrada. No pavimento superior, pequenas torres circulares eram
interligadas por corredores, que serviam de passagem entre uma sala e outra.
Naêmia e o capitão, contudo, mantinham seu olhar frio.
— Caminhando sempre nesta direção, disse o homem, vocês
chegarão à estalagem. Ali poderão comprar mantimentos e lenha. O aluguel será
uma moeda de bronze a cada lua cheia, a ser paga diretamente a mim.
— Entendemos. Obrigado, capitão — respondeu Joshua.
Sem se despedir, o homem virou as costas e caminhou em
direção ao castelo. Os viajantes resolveram entrar.
— A arquitetura destas casas é fabulosa. Parece não haver
limites para a imaginação de quem as projetou — falou o monge.
— Realmente, nunca tinha visto nada igual – concordou o
bruxo.
— Bem, como havia dito antes, as aparências podem
enganar. Devemos manter o foco em nossa missão – salientou Naêmia.
— É melhor vermos se tem alguma coisa na despensa —
observou o monge. — Ainda não comemos nada depois que almoçamos e já está
escuro.
Abrindo os armários da despensa, observaram que havia
alguns alimentos, pelo menos o bastante para uma refeição. Enquanto Renam e
Naêmia cortavam as verduras, Joshua preparava o fogo e limpava as panelas.
Depois de um tempo, estavam saboreando uma deliciosa sopa.
— Quando começaremos a investigação? — quis saber o
monge, entre uma colherada e outra.
— Estamos cansados, pois viajamos há três dias. Penso que
é melhor descansarmos hoje. Após uma boa noite de sono planejaremos melhor o
que fazer – respondeu Joshua.
— Concordo. O sono e a fome são capazes de roubar grande
parte da nossa capacidade de concentração — concordou a mulher.
— Sim, mas há outra coisa que me preocupa, além disso —
falou o bruxo. — Recém chegamos nesta cidade. É possível sermos observados o
tempo todo nos próximos dias. Talvez tenhamos que esperar um tempo, para termos
certeza de que é seguro se aventurar nesta cidade pela noite. Mas nada nos
impede de fazermos um reconhecimento durante o dia.
Os outros concordaram que essa era a melhor estratégia
que poderiam adotar. Não deveriam correr riscos. Terminaram a refeição e foram
dormir. Descanso agora era fundamental, para que recuperassem suas forças e
pudessem dar prosseguimento ao plano.
Renam sentiu os primeiros raios de sol baterem em sua
face. Levantou-se e foi em direção à cozinha, imaginando que seus companheiros
já deveriam se encontrar lá.
— Bom dia! — cumprimentaram os outros.
Renam retornou o cumprimento e aceitou, de bom grado, o
chá que lhe ofereceram.
— Não temos mais mantimentos. Precisamos também de lenha.
A Naêmia e eu podemos começar a fazer um reconhecimento na cidade, enquanto
você poderia se ocupar de ir até a estalagem. Tudo bem? — perguntou o bruxo.
— Claro. Buscarei os mantimentos e passarei o restante da
manhã treinando. É preciso manter a forma.
— E eu treinarei pela tarde — disse Naêmia.
— Muito bem, então mãos à obra — finalizou o bruxo.
Joshua e Naêmia saíram, enquanto Renam terminava seu chá.
Em seguida, o rapaz levantou-se e foi até a estalagem. Chegando lá, observou
que o lugar era bem espaçoso, com várias estantes cheias dos mais variados
produtos. Começou a escolher aqueles de que necessitava. Colocou no balaio
algumas frutas, pães e sacos de farinha. Em seguida, escolheu algumas verduras.
O balaio ainda não estava cheio quando três homens entraram na hospedagem,
dirigindo-se diretamente ao balcão de vendas. Embora houvesse muitas pessoas
transitando por ali, esses três homens chamaram a atenção do monge talvez por
causa de suas vestes, ou quem sabe por seus olhares rudes que causavam má
impressão.
Disfarçadamente, o jovem guerreiro começou a observar o
comportamento daqueles homens. Enquanto fingia olhar as frutas de uma
determinada estante, foi se aproximando, cautelosamente, do balcão. Mas antes
que chegasse muito perto, um daqueles homens pulara o balcão e começava a
ameaçar a moça que se encontrava ali.
— Quietinha, garota! — falou o homem, ao colocar uma faca
na altura de seu rosto. — Não queremos este lindo pescocinho cortado, não é?
Nesse meio tempo, outro homem contornou o balcão e
abaixou-se, como se estivesse mexendo em alguma coisa. Quando o homem que
apontava a faca em direção à face da garota gritou mais uma vez, o monge
percebeu que aquele que se abaixara havia aberto um cofre.
O terceiro homem alcançava um saco para que o outro o
enchesse de moedas.
— Por favor, não levem tudo — dizia a garota. — Não terei
como pagar as dívidas se vocês levarem todo o dinheiro.
— Cale a boca, garota. Pegaremos o que quisermos –
retrucou o homem que segurava a faca.
— Por favor, eu imploro.
— Quieta, sua vadia. Se não calar a boca, dirá adeus à
vida — respondeu o homem, aproximando ainda mais a faca do queixo da menina.
— Com licença — disse o monge calmamente —, mas será que
poderiam ouvir a moça? Ela não terá como pagar suas dívidas, então por que não
levam apenas um pouco de dinheiro e vão embora?
— Ora, mas o que temos aqui? — falou o homem da faca. — O
que quer, herói?
— Que vocês saiam. Agora!
— Escuta aqui, herói, quem vai sair é você. Mas, em
primeiro lugar, levante as mãos para que eu possa vê-las.
— Como levantarei minhas mãos se estou segurando um
balaio?
— Não banque o engraçadinho comigo, herói. Se não fizer o
que eu digo, matarei a garota.
— Tudo bem, vou baixar o balaio e em seguida erguerei as
mãos.
Calmamente, o monge depositou o cesto no chão. Ao erguer
as mãos, seus punhos estavam fechados.
— O que tem na sua mão direita, herói? — perguntou o
homem que havia aberto o cofre.
Renam virou a palma das mãos em direção aos homens,
deixando-as entreaberta e revelando o que segurava.
— Ora, vejam só. O herói está armado com uma maçã — disse
o homem e os três começaram a gargalhar.
Em seguida, o monge também começou a rir e os quatro
riram com vontade. Mas em determinado momento, o monge estendeu a mão como se
quisesse oferecer a maçã ao homem que segurava a faca. O homem parou de rir e
ficou olhando para o jovem guerreiro, imaginando o que estava se passando em
sua cabeça.
— Você quer me dar a maçã, rapaz?
— Sim, eu gostaria — respondeu o monge. — Pegue-a.
Mas em vez de lançá-la para o homem, o monge atirou-a
para cima. Num salto espetacular, girou o corpo e chutou a maçã em pleno ar. A
fruta voou com força e precisão em direção à testa do homem da faca,
derrubando-o na mesma hora. Quando o homem atingiu o chão, o monge pulava sobre
uma das estantes e projetava seu corpo com grande habilidade, aproximando-se
dos outros dois homens antes que eles pudessem realizar qualquer movimento.
Bastou um soco e um chute para nocautear os dois.
As pessoas aplaudiram enquanto o monge amarrava os três
homens, para que fossem encaminhados à Guarda Imperial. A garota aproximou-se do monge,
impressionada:
— Nossa, mas como você luta bem.
— Eu, ah... obrigado — respondeu, sem jeito. – Aqui é
sempre perigoso assim?
— Não, na verdade não. Hoje foi uma casualidade. É a
primeira vez que isso acontece aqui, neste armazém.
— Eu vou buscar a cesta, tem algumas coisas que quero
comprar.
Enquanto voltava à estante onde deixara o balaio, a moça
o acompanhava com o olhar. “Ele parece meio desajeitado agora” pensou. Logo o
rapaz voltava com os produtos.
— Bem, some para mim, por favor.
— Claro — disse a garota, sorrindo.
— Enquanto calculava o valor da compra, alguns homens da
Guarda Imperial entravam na estalagem para prender os criminosos.
— Que horas você sai do armazém? — indagou o monge.
— Ao entardecer. Moro a umas cinco quadras daqui. Não é
muito perto, mas também não considero longe.
— O dia parece meio perigoso hoje. Importa-se se eu a
acompanhasse até em casa?
— Ora, está preocupado comigo? Não creio que acontecerá
nada, obrigada.
O rapaz balançou vagarosa e positivamente a cabeça,
concordando com o que ouvira.
— Bem, são duas moedas de prata.
O monge deu-lhe o dinheiro e, ao se despedir, a moça
falou:
— Acredito estar segura ao voltar para casa, mas isso não
quer dizer que eu não queira companhia.
O monge sorriu e foi embora.
— Descobriram alguma coisa? — perguntou Renam, enquanto
servia o almoço à Naêmia e a Joshua.
— Caminhamos por alguns locais onde imaginamos a
possibilidade de descobrir algo, mas o reino é imenso. Há muito para se ver –
respondeu Naêmia.
— Sim, não sei por quanto tempo teremos que procurar.
Além disso, conversamos com algumas pessoas que pareciam ser informantes. Em
troca de algum dinheiro, há pessoas que venderiam a própria mãe — comentou,
morbidamente, Joshua.
— Essas pessoas não sabiam nada. Além disso, não podemos
nos infiltrar no castelo do rei sem sermos descobertos. Teremos que descobrir
se Damaris guarda ou não a Ametista Mágica em sua fortaleza pelo lado de fora.
Não imagino formas de localizarmos a pedra – falou Naêmia.
— Vários locais suspeitos eliminados, ninguém ouviu falar
nada — comentou, febrilmente, Renam. — É, parece que vai ser muito difícil. O
que faremos?
— A única coisa que podemos: ficar de olhos bem abertos –
finalizou Joshua.
O restante da refeição seguia-se em silêncio. Cada um em
seus pensamentos procurava uma forma de resolver a situação. Não tinham pistas,
nada ao que pudessem se apegar para localizar um terrível objeto mágico que, em
mãos erradas, poderia transformar o modo de vida que até então conheciam.
Alguma coisa tinha que ser feita. O rei de Daran tinha a certeza de que a pedra
havia sido roubada pelo rei Julian, mas o que lhe dava tanta convicção? Que
provas tinha para acusar o rei deste reino de tão vil ato e enviar seus
melhores agentes para uma tarefa que parecia ser impossível? Havia dúvidas no
ar, e não eram poucas. Teria de haver uma explicação mais concreta que a
oferecida pelo rei Sebastian para isso tudo, mas não faziam idéia de qual
pudesse ser. Agora imaginavam que seu próximo movimento seria… que movimento?
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